O círculo está se fechando

Foto: Divulgação

Ontem (27), o jornalista Bruno Barreto noticiou que o prefeito Allyson Bezerra deixou de repassar, apenas em 2022, quase R$ 8 milhões em duodécimo à câmara de vereadores, conforme relatório do TCE, o que pode ensejar cometimento de crime de responsabilidade por infringir preceitos constitucionais.

No dia anterior, o mesmo Bruno Barreto trazia a informação de que o TCE detectou que nos anos de 2021 e 2022 a gestão Allyson abriu créditos que extrapolaram em mais de R$ 1 bilhão o valor permitido por lei, configurando o que ficou conhecido como ‘pedaladas fiscais’, que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Roussef. De fato, essa prática, se confirmada, pode levar à cassação do prefeito.

Aliás, os fatos noticiados nos últimos dias se somam a outros de mesma ou maior gravidade atribuídos ao prefeito de Mossoró:

1 – Eventuais ‘maquiagens’ contábeis para viabilizar realização do empréstimo de R$ 200 milhões;

2 – Relatórios de auditoria de Anderson Quirino sobre inconsistências nas demonstrações fiscais enviadas ao TCE e à STN (Siconfi);

3 – Ações judiciais que questionam o uso de agências de publicidade, influencers e servidores públicos como instrumentalização da máquina pública, com abuso de poder político e econômico na eleição de 2024;

4 – Mais de 20 inconsistências detectadas pelo corpo técnico da justiça eleitoral na prestação de contas do prefeito.

Com isso, entre ações junto ao TCE, ao MPE, ao MPF, ao TCU e ao TRE, Allyson vai colecionando casos que apontam para suposto favorecimento político em favor de sua reeleição, cometidos ao longo dos últimos anos, mas que os órgãos de controle começam a investigar com maior profundidade.

A cada novo fato trazido à tona o clima de apreensão vai tomando conta do Palácio da Resistência, que teme pelas implicações jurídicas e políticas que podem recair sobre Allyson, e que tendem a atrapalhar os planos dele de ser governador do estado. O circulo está se fechando…

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